Ministro da Educação afirma que salário de professor será prioridade no governo Dilma
Ministro da Educação afirma que salário de professor será prioridade no governo Dilma | ![]() |
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23-12-2010 | |
O Ministério da Educação no governo Dilma Rousseff deverá ter uma participação mais ativa nas questões que envolvem o professor, diz o ministro Fernando Haddad. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ele defendeu o MEC da responsabilidade sobre falhas no Enem e disse que o ideal é ter mais de uma prova por ano. Folha - O que o novo governo terá de novo na educação? Fernando Haddad - A novidade é o Plano Nacional de Educação [enviado ao Congresso na semana passada], com 20 metas definidas em 170 estratégias. Tem foco acentuado no professor. Uma das metas é equalizar o salário com os outros profissionais de nível superior [hoje, há diferença de 60%]. Não há experiência internacional bem sucedida quando o professor ganha menos. Que medidas concretas serão tomadas para isso acontecer? Já tomamos uma medida ao aumentar o investimento em educação. É preciso também uma interlocução com Estados e municípios para que as carreiras sejam estruturadas nesse sentido. O PNE prevê uma mesa de negociação permanente sobre o piso salarial [de R$ 1.025]. Haverá mudanças no Enem? Isso depende menos de uma decisão política e mais de uma técnica. Vamos ouvir a gráfica, os Correios e o consórcio que faz a prova para decidir. O ideal é ter mais de uma edição por ano. As últimas duas edições do exame tiveram problemas. Que autocrítica o sr. faz? Os problemas mais marcantes tiveram origem no setor privado, não no público. Se os problemas foram só do setor privado, é possível deduzir que podem se repetir? Esses problemas ocorrem em todos os lugares onde há exames desse porte. Ou bem aproveitamos para aprender com as eventuais falhas sem abdicar de um processo transformador ou essa evolução não vai se dar por um temor que é justificável, mas superável. O ensino médio é o que avança mais lentamente, em qualidade e quantidade de alunos. Talvez não na escala desejada, o MEC vem fomentando a integração do ensino médio com a educação profissional. Haverá mudança na política de educação superior? O sr. pretende introduzir alguma mudança no MEC? Fonte: Folha de São Paulo, 23/12/2010 |